Pese embora
tudo aquilo de que falamos, que deve ser interpretado de uma forma genérica, entenda-se, acrescentamos também a existência de uma aragem liberalizadora no ambiente interno
da igreja que trouxe coisas novas, muitas dispensáveis que, nenhum de nós poderia sequer imaginar, iriam ajudar a estilhaçar completamente as velhas
dinâmicas e organização temporal e espiritual das igrejas evangélicas
pentecostais, bem como escancarariam as portas ao oportunismo e autoritarismo de
muitos pastores que se proclamaram “pastores presidentes”, respaldados por um
conjunto de homens por eles escolhidos a dedo. Depois, bem, depois os poderes que lhes eram
outorgados por voto de braço no ar nas Assembleias nada democráticas das
igrejas que elegiam também, do mesmo modo, o grupo de outros dirigentes menores que
tomavam, conforme designação a gosto, o nome de “Ministério ou Presbitério”.
Este era o grupo encarregado pelo “governo da igreja”, fosse lá isso o que
fosse. Na verdade este era o grupo de pessoas que, autocraticamente, decidia
tudo e também aprovava tudo o que o pastor quisesse. Depois, num simulacro de
Assembleia anual, lá eram postos à aprovação, de braço no ar dos membros da
igreja, os ditames do tal grupo controlado pelo “pastor presidente” e cumpridor, sin qua non da sua vontade, sem qualquer escrutínio por qualquer membro, e ai daquele que
pretendesse exercer esse suposto direito. Este ambiente e esta organização, que
ainda existe na actualidade e que, no meu caso pessoal tornou inexequível a minha permanência em igrejas de
“pastores presidentes todo poderosos”, acabaria por abrir as brechas suficientes
para a entrada e domínio de actuações e preeminência de gente ambiciosa e
auto-centrada que faz das igrejas terreno fértil para os tais lobos devoradores
que entraram no meio do rebanho de Cristo com um único objectivo: viver uma
vida material o mais luxuosa e pretensiosa possível, sentados nas suas presidenciais cadeiras, subjugando muitas vezes alguns pastores auxiliares que mantinham debaixo do seu domínio na área geográfica onde a sua "empresa eclesial" se situasse !
Aqui chegados
cabe interrogar de que falamos na actualidade quando falamos de igreja ? Será que
a
generalidade das igrejas cristãs evangélicas pentecostais ainda são, no tempo que vivemos,
dominadas pelo mover do Espírito Santo e estão sob o controlo da
direcção divina ? Pela realidade que
observo, e sem querer generalizar, é evidente que não. Podíamos cotejar muito
mais daquilo que perscruto da realidade alargada das igrejas evangélicas
pentecostais, e retiro da frase, propositadamente, a designação
"cristãs". Não o faremos. E
também não iremos olhar para o panorama das aberrações e templos de Satanás que
se escondem sob um manto diáfano da conjugação das palavras "igreja
evangélica" ou quaisquer outras associações linguísticas que se insinuem
como cristãs.
Remeto os
meus leitores para um post publicado pelo meu amigo Avelino Pereira no seu perfil do FB no passado 27 de Julho de 2025,
e que traduz bem a corrupção a que se entregaram uma grande parte
das igrejas evangélicas no Brasil e da exportação que foi feita também dessa
corrupção para Portugal onde o panorama é difícil de encarar por qualquer
cristão que tem a sua vida radicada na Cruz de Jesus Cristo. No entanto, o que
eu desejo acrescentar é algo que não tem nada a ver com as importações de
falsas igrejas evangélicas do Brasil mas sim com igrejas evangélicas do ramo
pentecostal (a realidade que eu conheço por dentro) portuguesas implantadas,
desde a sua existência em Portugal, há muitas décadas.
Subscrevo,
sem qualquer dúvida, tudo o que já foi escrito ou que ainda o venha a ser no
futuro, sobre esta matéria, sobre este tema, e que deverá ser de aviso para
quem frequenta uma igreja evangélica pentecostal. Cuidado com as corruptelas e
com os púlpitos com obediências duvidosas, bem como, em geral, quem os pisa,
pois como diz o Evangelho de Mateus, “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus”.
Mas como se
não bastasse a realidade do panorama que deixo aqui descrito, ultimamente chegou-se a um outro patamar de ambição e ganância de alguns pastores e outros
líderes ditos “cristãos evangélicos”, por alcançarem posições de relevância social. E eis que surge
uma nova obediência a que se agregaram alguns pastores evangélicos portugueses:
a Maçonaria ! Esse migração aberrante nunca foi novidade na igreja católica romana que tem muitos padres e
bispos espalhados por sociedades secretas como a Opus Dei, Maçonaria e
Templários. Mas nos meios evangélicos pentecostais de matriz essencialmente
portuguesa isto é novo, pelo menos para mim, ( ou talvez eu seja um pouco
ingénuo…). Nunca tal me passaria pela cabeça, que pudesse vir a acontecer.
Ao Domingo
pregam no púlpito da igreja e, em outros dias quaisquer da semana, estão na
“Loja” a participar ou dirigir o plano à volta dos interesses dos “irmãos” maçónicos, seja para discorrer como conseguir os
melhores, mais relevantes e mais
rendosos lugares e posições sociais onde possam influenciar o que quer que seja
do seu próprio interesse ou dos “irmãos”, (sim porque também na "Loja" se tratam
por “irmãos”), seja para interferir nos vários níveis da sociedade em que os
seus interesses materiais sejam melhor defendidos ou sirvam para inclinar para o
seu lado qualquer tipo de benesses
interesse ou posições de maior ou menor relevo. No fundo, e resumindo a coisa ao menor denominador comum, a Maçonaria ´tem montada uma organização de 'favores em cadeia'.
Sendo a
Maçonaria uma sociedade secreta, tal como os Templários ou outras quaisquer do
género que por aí existam, são contrárias à Cruz de Cristo e aos preceitos que
Deus nos deixou exarados nas Sagradas Escrituras.
Poderão
perguntar, ‘mas o que tens contra a Maçonaria ?’. Tudo enquanto cristão. Nada
enquanto cidadão desde que desenvolvam as suas actividades, sejam as que forem,
dentro dos parâmetros legais portugueses. Mas parece que a Maçonaria, estando
legalizada em Portugal e não chocando com a legislação portuguesa actua, para impor os seus interesses, nos
subterrâneos da sociedade, onde poucos ou nenhuns cidadãos portugueses conseguem perceber o que
se diz por lá, o que projecta ou pensa. Nós, cidadãos ditos ‘normais’
limitamo-nos a conhecer pela rama o “modus operandis” maçónico. Conhecemos,
mais coisa menos coisa, pelas incursões que alguns órgãos da comunicação social conseguem
fazer aos meandros maçónicos, como funcionam as suas reuniões, os trajes
ridículos que usam nessas mesmas reuniões e como são feitas as admissões dos
novos “irmãos”. Mas tudo isso obedece a um
formato, se quisermos: o secretismo absoluto. Ciclicamente podem eventualmente
vir ao conhecimento geral alguns nomes de políticos, gente dos partidos, empresários
e outras pessoas com posicionamentos
importantes na escala social do país. Mas, por regra, e oficialmente, nada mais para além do nome do Grão
Mestre das grandes Lojas Maçónicas existentes em Portugal.
A Maçonaria descobriu
as igrejas evangélicas de matriz pentecostal portuguesa como mais um meio de
preenchimento do tecido social português. Alguns pastores que se deixaram
aliciar pelas facilidades obtidas com essa adesão, têm agora cargos de relevo
naquela sociedade secreta. É difícil saber, com profundidade, como começou a
incursão maçónica na igreja evangélica, porém é fácil saber, pela Palavra de
Deus, que os aderentes ditos cristãos evangélicos da Maçonaria, estão no
caminho de Judas. No Evangelho de Lucas lemos que “nenhum servo pode servir
dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a
um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Isto é válido para
todos os que continuam a usar o púlpito e a servir o ‘reino maçon’. “Porque
noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da
luz”, disse Paulo aos Filipenses. E também aos Tessalonicensses: “Porque todos
vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas”.
Este assunto é sério. Como poderemos confiar na palavra pregada no púlpito por um pastor que partilha também mesa numa Loja maçónica ? Tais “pastores” já não têm nada a ver com a igreja, qualquer que seja e onde esteja. Tornaram-se verdadeiros lobos devoradores de ovelhas descuidadas. Perderam-se a si próprios e levam outros a perder-se. Para eles só há um caminho: voltar aos pés da Cruz do Senhor Jesus e pedir perdão a Deus e aos membros da Igreja. E será que feito isso têm condições para voltar a exercer o pastorado de uma igreja ? Como cristão, como ser humano, eu seria levado a dizer que não, porém, não sou eu que julgo. É Cristo quem julga e decide. A Igreja é d’Ele. Só Ele lhe poderá ditar os limites.